quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A Cia Acômica

A Cia Acômica se firmou no cenário artístico mineiro nos últimos doze anos como um importante núcleo de investigação teatral, através de sua extensa pesquisa sobre uma didática própria de formação do ator.

A inquietação e objetivos dos integrantes da cia sempre estiveram focados na busca de uma linguagem própria, centrada na figura do ator, baseada numa interpretação não realista e na utilização cênica de espaços convencionais e não-convencionais, visando uma linguagem legitimamente brasileira e a criação de dramaturgias próprias, possibilitando refletir sobre a nossa realidade.

A sistematização da pesquisa didática, de formação e treinamento da Cia foi concretizada a partir do convite para integrar o "Projeto Cenário-Laboratório de Artes Cênicas", do Centro Cultural da UFMG e EBA-UFMG. Deste então contribui sistematicamente na formação de novos profissionais no Estado, desenvolvendo oficinas na capital e no interior, o que gerou a parceria com a TEIA - Rede de Experimentação e Investigação das Artes Cênicas, no qual desenvolveu um núcleo de investigação no Vale do Aço com os grupos locais.

Esses processos criativos percorridos pela Cia resultaram em cinco espetáculos, tendo quatro deles em repertório. Em sua estréia, a Cia Acômica apresentou “As Criadas”, de Jean Genet, com direção de Raquel de Albergaria. A montagem obteve sucesso de crítica e público. Em 99, é apresentado “Anjos e Abacates”, texto de Eid Ribeiro e direção de Kalluh Araújo, projeto vencedor do Prêmio Coca-Cola de Teatro, na cidade de São Paulo. Em 2001, a Cia Acômica monta o espetáculo “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico”, com direção de Eid Ribeiro, chegando a representar o Brasil no FIT de Caracas.

Já o “Arena de Tolos” é resultado de uma pesquisa sobre o processo colaborativo, no projeto Cena 3 x 4, do Galpão Cine Horto. Este projeto teve a coordenação do Dramaturgo Luiz Alberto de Abreu, do Diretor Antonio Araújo e do Prof. Doutor Fernando Mencarelli. No 2º semestre de 2006, a Cia Acômica estreou o espetáculo “O Sexo Não Floresce na Monotonia”, projeto contemplado pelo prêmio Funarte Myrian Muniz de Teatro, com direção de Fábio Furtado. Em dezembro de 2007 a Cia Acomica lançou o livro "Cia Acômica - Na Sala dos Espelhos", um registro dos dez anos da premiada companhia.


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